" A Flor da Pele trata-se de uma poética. De um trabalho em processo que se atravessa e se permite atravessar no mundo, em outros artistas e nas pessoas. Um processo de transformar-se em florperformer, fotoflor, videoflor, florderua,flordepalco, florperene, florgente....
Com fotossíntese na fase clara na Ofélia Shakesperiana e na fase escura no quadro «O Jardim das Delícias Terrenas». A Flor da pele constrói-se a partir de imagens e sentimentos e pulsões filtradas pelo filtro simbólico dessas duas obras e da botânica. Buscando fertilizar e brotar nossas possibilidades de imagens do corpotronco do performer."
A Flor da pele surge em 2012 como uma nova etapa de uma pesquisa iniciada em 2010 com temática na idéia de culpa, desejo e prazer no judaico-cristianism. Com o tempo, as questões foram mudando e, em 2012, o projeto foi premiado com a residência artística "Interações Ambientais", espaço que serviu para a criação e formatação do processo como ele se encontra hoje.
Início do processo - Culpa, Desejo e Prazer no judaico-cristianismo |
A Flor da Pele surgiu partindo da mistura de dois momentos anteriores da investigação, o momento ligado as questões de culpa, desejo e prazer e outro, ligado a construção de um solo autobiográfico (que pode ser conferido aqui no blog, intitulado "Isso pode não ser dança?". A partir destes dois referenciais, reiniciei as investigações, e acabei por adotar o quadro "O Jardim das Delícias Terrenas" como norte para o processo e para a residência artística.
Segundo momento do processo - Questões autobiográficas para "Isso pode não ser dança?" |
Na residência, utilizei o quadro de Bosch como referência, porém, a partir das experimentações, foi surgindo algo novo, e a persona de Opheliae veio surgindo e se mantém hoje como aspecto central a ser investigado no processo de A Flor da Pele.
O processo de A Flor da Pele, diferente de diversos processos artísticos, não objetiva um trabalho final, e sim ser uma poética em que trabalhos e obras possam surgir dele, sem finalizá-lo, entendendo o próprio processo enquanto obra. Dentre os trabalhos estão a intervenção urbana "Se Opheliae Morrer Chame a Samu", as fotografias tiradas por Guillaume Lauruol e o vídeo filmado por ele e editado por mim para a exposição "Interações Ambientais", os autorretratos para o projeto "Indiferença Não Mais" de Thiago Soares e a performance/mostra de processo "A Flor da Pele"
Autorretrato para o projeto "Indiferença não mais" |
O Sonho de Opheliae - Fotoperformance - Out/2013 |
Festival Internacional de Artes Cênicas: Exposição Interações Ambientais - Outubro de 2012 - Fotografia, video e mostra de processo
Indiferença não mais - Autorretratos para performance de Thiago Soares - Novembro de 2012
Plataforma Internacional de Dança - Mostra de Processo
6º Abriu o corpo - Núcleo VAGAPARA
Vídeos
Festival Internacional de Artes Cênicas/Ba - Mostra de processo na exposição "Interações Ambientais" - Out/2012
Festival Internacional de Artes Cênicas/Ba - Videoregistro apresentado na exposição "Interações Ambientais" - Out/2013
A Flor da Pele - Exposição Interações Ambientais from Fernando Lopes on Vimeo.
1º Momento da fase atual - "Isso pode não ser dança?" - Teatro do Movimento - Jun/2011
6º Abriu o Corpo - Núcleo Vagapara - Abril/13
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